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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Mais um pedacinho dessa história inesquecível, destino: Interior de São Paulo

Pegou a câmera? E as fitas, o tripé?
Tudo aqui.
Confirmadas as entrevistas?
Sim sim.
Carro ligado, som também, guia em uma mão e o caderninho de telefones na outra. Mais uma viagem em busca de uma palavra, de uma história. O sol aquecia aquela manhã de quinta-feira enquanto íamos preparando cada pergunta e pensando nos melhores ângulos.
Entrevistados: Ronaldão, Pintado e Careca (nomes que dispensam apresentação).
O dia parecia perfeito para mais uma de nossas sagas. Deixamos a capital ainda cedo e o que importava que fosse véspera de feriado? Passamos o pedágio e seguimos rumo à nossa primeira missão do dia.
Chegamos ao local combinado, mas... onde estariam todos?Mas não era ali que estaria tendo um amistoso das categorias de base? Liga daqui, liga de lá descobrimos que nosso entrevistado estava em outro lugar; um tanto distante dali. Lá vamos nós pedirmos informações. Acho que todo mundo já teve que pedir informações algum dia ai ai e nem sempre chegamos a nosso destino com elas.
Essa foi mais uma vez que as informações não funcionaram nada bem, kkkkkk
Paramos o carro e lá estava ele. Sentado do outro lado daquele campinho assistindo a um campeonato de futebol júnior, nada mais natural.
Ronaldão ele mesmo aguardando nossa chegada se aproximou devagar. A entrevista se deu ali mesmo, na beira do gramado com alguns curiosos observando e outros esperando por um autógrafo.
E como esquecer aquela buzina?? Em plena conversa com ele uma bicicleta (sim.. uma simples bicicleta) passou por nós e num piscar de olhos acabou com o clima da entrevista com um agudo e altíssimo som de buzina. Que raiva. Haja correção de som na edição.
Ainda se esse fosse nosso único problema...
Pé na estrada novamente. Ronaldão gentilmente falou para seguirmos que ele nos orientaria na estrada até Campinas onde ele ficava, podemos dizer que mesmo com um carro 1.0 nos o seguimos aquele dia o acelerador funcionou, ele ficou e nos seguimos rumo a Limeira.
Segunda parada do dia: Pintado. Chegamos já um pouco cansadas naquele estádio. Apenas nosso carro e nada mais. Não foi difícil encontrá-lo e sua simpatia é indescritível. Tudo montado. Vamos começar. Palavras vêm, palavras vão e dão espaço a emoção. As frases foram ficando mais longas e o olhar distante. Um silêncio imenso tomou conta de todos, o único barulho era de um pássaro a sobrevoar o estádio. As lágrimas surgiram e não apenas do entrevistado.
Cada um de nós lembrou um pouco daquele Telê batalhador, daquele homem com tantas peculiaridades e com tão bom coração. Como se esquecer de alguém tão importante não é Pintado?
Continuamos naquela estrada. O sol já não estava tão quente e nem tão alto. Mas ainda não podíamos voltar para casa sem falar com um dos grandes nomes que passaram pela seleção canarinho.
Já passava, e muito, das três da tarde. E nada, nem sequer uma bolachinha. Finalmente chegamos à Escolinha de Futebol do ex-jogador Careca, linda por sinal, lógico que antes nos perdemos em Mogi Mirim apenas mais um equivoco entre tantos do dia. Encostamos o equipamento ali mesmo na recepção e aproveitamos a brecha para comer algo. Tá, a gente admite que depois de ficar tanto tempo com o estômago vazio aquele lanche não foi uma boa opção.
Ah, esqueci de contar como chegamos até aqui. Quem imagina que é fácil conseguir o telefone de grandes nomes de jogadores como o dele está muitíssimo enganado. Assessor nenhum e muito menos outros conhecidos do meio nos passaram esse contato. Não tivemos outra escolha. Ligamos para a mãe dele. Isso mesmo, para a mãe. Só ela mesma para nos ajudar dessa maneira.
Câmera ligada. Tudo certo. Acho que agora sim podemos voltar ao mundo real.
E que disse mesmo que ser véspera de feriado não importava??? Que grande mentira!!!!
Milhões de carros nas ruas. Um caos total. Acho q chegamos a São Paulo. É, chegamos. Mas saímos rapidinho. Depois de um dia todo dirigindo naquele sol quem não erraria a entrada da Bandeirantes e seguiria sentido Castelo Branco? O pior foi achar o retorno.
O relógio já passava das 9 horas da noite quando chegamos em casa. Exaustas. Mas com um ar de satisfação. Tudo em prol da nossa causa e mais um capitulo de outra história inesquecível.

Ana e Danny

Um comentário:

  1. Oi Dani e Ana Carla!

    vocês são simplesmente geniais...

    ao ler uma de tantas histórias que vocês tem pra nos contar, esta aí acima, chego a me emocionar, afinal além de ser muito trabalhoso e exastivo vocês "batalhadoras" estão sempre prontas para o que der e vier..é isso aí...parabéns...
    amo vocês...
    beijos
    Gioconda

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